O Clube Atlético Paranaense é um dos clubes que mais revelam jogadores no futebol brasileiro e consegue utilizar os pratas-da-casa no time principal
Por Paulo Eduardo de Freitas ( http: http://bit.ly/2nQqOEJ)
O Atlético Paranaense é reconhecido como um time que revela muitos jogadores e consegue utilizar os pratas-da-casa na equipe principal. Antigamente, o clube estava em um patamar mais baixo e a procura para se iniciar no Furacão não era tão grande, ainda assim conseguia revelar ótimos atletas como Adilson Batista e Paulo Rink.
Parcerias de sucesso
Com o crescimento do time e suas constantes participações em grandes competições, a equipe deu um salto e passou a ser mais procurada por jovens que gostariam de tentar a sorte como jogador de futebol. Mas para que isso acontecesse, o Atlético Paranaense fez algumas parcerias que renderam excelentes atletas para o time profissional; a principal parceria foi com o PSTC (Paraná Soccer Technical Center) de Londrina. Desta parceria, o Atlético teve seus maiores destaques e revelações, foram muitos atletas que se destacaram e fizeram história com a camisa rubro-negra. O Atlético obteve através da parceria: Deivid, Kléberson, Jádson, Alan Bahia, Fernandinho, Dagoberto, Guilherme.
Kléberson
Foi a maior revelação da parceria, fazia parte do time campeão brasileiro de 2001 e em 2002, ainda jogando pelo Furacão, foi campeão mundial com a Seleção Brasileira, sendo titular durante a campanha do pentacampeonato.
Fernandinho
Outro grande atleta que deixou saudade no Furacão, foi importante em 2004 quando ajudou o time a conquistar o vice-campeonato brasileiro. É constantemente convocado para a Seleção Brasileira.
Deivid
Coquinho, como é chamado por alguns, é o jogador que está a mais tempo no Atlético Paranaense, integra o time que disputa o Campeonato Paranaense. Veste a camisa rubro-negra com muita raça e demonstra um respeito e carinho muito grande pelo Furacão.
Outra parceria que rendeu frutos ao Atlético Paranaense foi com o Trieste, de Curitiba, saíram de lá jogadores como Marcos Guilherme e Léo Pereira. Atualmente o Atlético mantém suas categorias de base (sub-15, sub-17, sub-19) dentro do próprio Centro de Treinamentos, onde treinam os profissionais e no Trieste, com as categorias menores como sub-13 e sub-11.
Quais as vantagens e desvantagens de usar os pratas-da-casa?
A utilização de atletas das categorias de base é benéfica por ter um atleta identificado com o clube. A metodologia de trabalho e com a torcida. Por outro lado, a inexperiência e a falta de paciência da torcida prejudica o rendimento do jogador que não está completamente pronto e ainda precisa evoluir. Temos grande exemplos de atletas que demoraram a se firmar no clube e de outros que pintaram como grandes promessas e não renderam.
Hernani
Em 2016 foi fundamental no campeonato brasileiro, mas antes disso sofria muitas críticas por parte da torcida, hoje muitos sentem sua falta. No elenco atleticano falta aquele jogador que arrisca chutes de longe, e várias vezes escutamos alguém falar que falta um “Hernani” no time.
Otávio
Teve grande destaque no brasileiro 2015 e foi uma grata revelação da equipe. Também teve certa desconfiança da torcida, mas logo conquistou essa confiança e foi fundamental para a equipe durante sua passagem pelo rubro-negro.
Douglas Coutinho
Um caso de amor e ódio, despontou no estadual em 2013, sendo eleito a revelação, chegou até a ganhar música da torcida antes dos jogos. Porém o rendimento não foi o esperado, muitos acharam sua saída um “reforço”.
Crysan
Outra “jóia” do Atlético Paranaense, teve grande destaque no Campeonato Brasileiro sub-20 de 2014e na Copa São Paulo de 2015, foi promovido ao time profissional, mas não conseguiu aproveitar sua oportunidade, chegando a brigar com a torcida.
Qual a importância dos pratas-da-casa na equipe?
Nas equipes bem sucedidas, sempre havia pelo menos um atleta que veio da base e era identificado com o clube. Em 2001, a equipe campeã brasileira tinha Kléberson sendo uma das peças mais importantes; chegando inclusive a ser convocado para a Seleção Brasileira. Em 2004, a equipe contava com Jadson, Fernandinho e Dagoberto. Todos muito importantes para aquele futebol bonito que por pouco não nos levou ao segundo título brasileiro. Em 2012, ano em que disputamos a série B (a mais disputada na era dos pontos corridos, o Furacão terminou em terceiro). Atlético contava com Manoel, Cléberson e Marcelo, sendo fundamentais.
Já em 2013, a equipe vice-campeã da Copa do Brasil e terceira o Brasileiro tinha Manoel em excelente fase (sendo observado pra seleção), Marcelo sendo decisivo com sua arrancadas pelas pontas, assistências e gols. Na campanha de 2016 que levou o Furacão pra libertadores, Hernani e Otávio formavam uma excelente dupla de volantes. Eles ajudaram muito na campanha. Hernani com seus chutes potentes e gols decisivos, Otávio com seus desarmes e proteção defensiva. Tinha também o Pablo, prata-da-casa que foi emprestado algumas vezes e retornou em 2016. Ele foi aproveitado e fez sua melhor temporada pelo rubro-negro.
O que esperar dos atuais pratas-da-casa?
O Atlético está usando o estadual para dar experiência para muitos jogadores das categorias de base e alguns já fazem parte do grupo principal. Na equipe alternativa temos bons atletas que poderão ser utilizados pelo técnico Fernando Diniz. Exemplos do João Pedro (retornou de empréstimo e vem sendo um dos destaques da equipe) e José Ivaldo (atuou no time principal ano passado e fez parte dos relacionados na Copa do Brasil desse ano).
Na equipe principal já tem o goleiro Santos, titular na estreia da Copa do Brasil. Matheus Rossetto, titular na estreia e com algumas boas atuações em 2017; talvez seja a maior esperança para esse ano de 2018. A torcida precisa ter paciência com esses pratas-da-casa. São jogadores com grande potencial e que no futuro poderão dar muitas alegrias ao torcedor atleticano; assim como tantos outros fizeram no passado.
Atleticanos, a força vem de casa!!!